Técnico da seleção brasileira de futsal, o catarinense Marcos Sorato, o Pipoca, está decepcionado com a organização das Eliminatórias para o Mundial da Tailândia. Sem poder convocar os jogadores que atuam fora do país, por conta da ausência de um ofício da Conmebol determinando a liberação dos mesmos, o treinador diz que o episódio representa um retrocesso no futsal.
Houve um retrocesso no futsal. Alguém não está dando a atenção devida ao futsal, não sei se Conmebol, Uefa ou Fifa. Deixar de enviar um documento no prazo é algo inadmissível, principalmente tratando-se de uma Eliminatória de Copa do Mundo - desabafou.
Na última semana, o blog Toca e Sai, do comentarista do SporTV Marcelo Rodrigues, noticiou que a Conmebol esquecera de enviar à Fifa um documento avisando sobre a competição, o que serviria como atestado liberatório para qualquer atleta que fosse convocado.
Como o ofício não chegou à Fifa no prazo, os países filiados à Uefa - liderados pela Espanha, maior rival do Brasil - decidiram não liberar os seus atletas para a seleção brasileira, que disputa as Eliminatórias Sul-Americanas entre 15 e 22 de abril, em Gramado (RS).
Para Marcos Sorato, a Espanha pode estar por trás do boicote ao futsal do Brasil. Tendo atuado 13 anos no país ibérico, ele conhece bem de perto a rivalidade entre as duas nações.
- Eles fazem tudo para não nos facilitar. Os clubes dialogam entre si com o intuito de fortalecer o futsal de lá - afirmou.
Mesmo não tendo convocado a seleção chamada "absoluta", Pipoca está confiante para as Eliminatórias. Segundo o treinador, o Brasil tem hoje um grupo de 25 a 27 jogadores selecionáveis, dentro dos quais estão os 14 convocados para o torneio em Gramado.
- Ao longo deste ciclo, que começou após o Mundial de 2008, poucas vezes pude contar com a seleção absoluta. Mesmo assim, vamos com um time muito forte, que vai para o torneio para buscar a vaga - disse.
O Brasil está no grupo A ao lado de Argentina, Chile, Peru e Bolívia. Os dois primeiros avançam à semifinal e estarão automaticamente classificados para o Mundial, em novembro, na Tailândia. Para Sorato, o Brasil tem de assumir o papel de favorito na chave.
- O grande adversário do grupo será a Argentina, nossa eterna rival. As outras seleções estão no mesmo nível, mas nem por isso podemos relaxar com elas - finalizou.
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