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Fisioterapia passada a limpo
               Por: Dr. Saulo Davi
CRIOTERAPIA: A IMPORTÂNCIA DO GELO NA RECUPERAÇÃO E PREVENÇÃO DE LESÕES
                       
A atividade física é comprovadamente essencial para nosso bem estar, porém o corpo humano sofre com as dores e desconfortos de atividades pós-treinos, dores essas causadas de sobrecarga de articulações, músculos, tendões e ligamentos.

O gelo há muito tempo é uma prática eficaz na prevenção e recuperação de atletas, e a terapia que usa o frio como ferramenta é conhecida como crioterapia, a qual usa a diminuição da temperatura corporal com objetivos terapêuticos.

            A crioterapia é a principal medida emergencial da FISIOTERAPIA DESPORTIVA em lesões traumáticas no momento da lesão, e por muitas vezes sua aplicação imediata irá acelerar o restabelecimento do atleta a níveis precedentes da lesão.

            A crioterapia traz vários benefícios ao nosso corpo como: diminuição de espasmo muscular, alivio de dor, diminuição de sensibilidade local, relaxamento muscular, prevenção de inchaços e reações inflamatórias.

Em meio aos benefícios da aplicação do gelo na medicina desportiva, existem algumas técnicas de aplicação, tais como: a criomassagem, o crioalongamento, a compressão, a compressão com aplicação local de aerosol ou bolsa térmica, imersão em agua gelada e até mesmo uma técnica combinada que consiste em alternância entre “quente x frio” conhecida como contraste.

            A decisão da correta aplicação da técnica virá mediante a área afeta, o tipo de lesão, e até mesmo o momento de partida e treino que ocorram o evento. Por exemplo, em uma lesão traumática, o mais adequado é aplicar o gelo de maneira imediata e com compressão local para controle do quadro inflamatório, e consequente alivio de dor causado pela diminuição de substâncias inflamatórias.

            No esporte de alto rendimento, como no futsal, utilizamos à crioterapia como técnica preventiva e curativa, uma vez que a determinação dos objetivos de aplicação ficará à critério do fisioterapeuta.

            Apesar da aplicação do gelo ser extremamente favorável as dores relacionadas ao esporte, deve-se aplicar esta modalidade de maneira criteriosa, pois sua má utilização poderá acarretar em efeitos indesejáveis como problemas musculares, vasculares e neurofisiológicos.

Por fim, de maneira preventiva, usamos na fisioterapia a imersão em piscina gelada, sendo que o objetivo desta modalidade é inibir a expansão das micro lesões causadas pelo esforço muscular. Nesta técnica, o atleta em estágio de fadiga pós-treino ou pós-jogo é submetido à imersão de parte de seu corpo (membros inferiores) em piscina gelada, e a partir daí o tempo de permanência é administrado pelo fisioterapeuta, sendo que de maneira particular a eficácia desta conduta traz à equipe uma maneira de redução significativa dos índices de lesões.




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               Por: Dr. Saulo Davi
PLASMA RICO EM PLAQUETA: 'INOVAÇÃO NA MEDICINA ESPORTIVA'

O tratamento das lesões em atletas, cada vez mais busca alternativas que possam diminuir o tempo de reabilitação. O atleta, é sempre vitima das lesões ligamentares, musculares e traumáticas e como se sabe na maioria das vezes essa cicatrização é lenta e faz com que permaneçam longos períodos afastados do esporte.

A medicina desportiva mundial, atualmente, está utilizando uma nova técnica denominada Plasma Rico em Plaqueta (PRP), que dispõe da retirada do sangue do próprio paciente e após isso, esse mesmo sangue passa por uma centrifuga, é reinjetado no local de lesão.


O Plasma Rico em Plaqueta (PRP) é uma técnica que é utilizada atualmente pelos grandes médicos do esporte para reparo tecidual de determinado tecido lesado. O objetivo de sua aplicação é de acelerar a regeneração de uma área lesionada — pode ser um tecido muscular rompido, tendões inflamados e até mesmo ossos fraturados.


Este método consiste na centrifugação do próprio sangue do paciente, o qual quadruplica sua quantidade de plaquetas, estas são separadas num concentrado plaquetário e injetado no paciente. As plaquetas são células do sangue que estimulam o crescimento de tecidos, a divisão de células e a proliferação de vasos, fenômenos que acontecem a todo momento no organismo.


O processo natural do corpo para chegar a este número de plaquetas demoraria pelo menos 3 semanas, isso faz com que pulemos esta fase inicial inflamatória e passemos direto para o estágio de regeneração tecidual.


É muito importante que a regeneração aconteça o mais rápido possível, pois verificamos que quanto mais rápida esta regeneração ocorre, menos tecido fibrótico (fibroses, aderências) teremos e mais tecido regenerado (reposição do tecido original).


A técnica é indicada para acelerar processos de cicatrização de rupturas musculares, rupturas parciais de tendões, tendinites crônicas de joelho, tendão de Aquiles, quadril, cotovelo e ombro e também para acelerar processos de cicatrização óssea em alguns tipos de fraturas que não se consolidam. Dentre os muitos relatos de médico e pacientes, existem os que apontam que com a aplicação da técnica de PRP a redução da cicatrização é reduzida em 50% do tempo.


As injeções, não devem ser livremente utilizadas, pois cada paciente possui uma resposta aos efeitos da técnica. Alguns estudos apontam que o Plasma Rico em Plaqueta (PRP) é bastante efetivo em lesões inflamatórias e reparativas (tendinites, rupturas ligamentares e musculares, por exemplo), mas em lesões degenerativas o resultado é insuficiente ( tendinose, ou seja, degeneração do tendão)


A fisioterapia tem um papel essencial nesta técnica, pois é necessário pelo fisioterapeuta o exato conhecimento cientifico por parte da reparação do tecido lesado, pois o retorno do atleta será abreviado, e o “protocolo” a seguir na fisioterapia tem que ser seguro e eficiente. O Fisioterapeuta terá que saber, quando retroceder, uma vez implantado o Plasma Rico em Plaqueta (PRP), pois, caso contrário, em uma reabilitação mal executada, o resultado será insatisfatório. O Plasma Rico em Plaqueta (PRP) veio para o bem do atleta, porém deve ser bem utilizado na recuperação, uma vez que exige cautela e novo planejamento da reabilitação. A Fisioterapia tem que ser baseada em objetivos, e sendo assim mesmo encurtando o prazo de retorno do atleta, o tratamento deve ser cuidadosamente seguido, sempre buscando um melhor desempenho esportivo.

Por: Dr. Saulo Davi



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               Por: Dr. Saulo Davi
BANDAGEM NEUROMUSCULAR (KINESIO TAPPING)

Ser um esportista, amador ou profissional nos traz um prazer inimaginável, que proporciona uma injeção de bem estar que só o esporte pode provocar. Porém, muitas vezes o esporte vem acompanhando de algum desconforto ou dores, causadas por excessos de treinos, fadiga musculares, alterações posturais, enfim, algumas intercorrência indesejadas.
A Fisioterapia traz ao atleta mais uma nova modalidade de alivio de dor, de origem oriental, e que de maneira ainda mais frequente vem sendo adotada pelos atletas de elite no mundo todo em eventos como Olimpíadas e Copa do Mundo, em quaisquer modalidades.  Essa técnica no Brasil é conhecida com BANDAGEM NEUROMUSCULAR (ou KINESIO TAPPING).
O principio da Bandagem Neuromuscular está na integração da pele aos outros tecidos, como a musculatura e ligamentos. A Bandagem realiza uma determinada estimulação nervosa através do tecido cutâneo (pele), que por sua vez esse estimulo é conduzido ao cérebro, que envia uma nova “mensagem” que proporciona ao atleta uma sensação de alivio da dor.
A Bandagem Neuromuscular tem ação direta na fraqueza ou tensão muscular, lesões e processos inflamatórios de tendões, alterações de postura, lesões articulares, melhora de tônus e diminuição do inchaço, causando alivio de dor e melhora na condição funcional.
A Bandagem possui um componente elástico que aplicada de maneira adequada não restringe as atividades articulares e musculares, e pode potencializar o desempenho do atleta no regresso à lesão. Em sua composição a bandagem não possui nenhum tipo de medicamento, sendo seu efeito exclusivamente relacionado à função mecânica determinada pelo Fisioterapeuta.
No esporte, a BANDAGEM NEUROMUSCULAR é atualmente utilizada na prevenção de lesões, recuperação de processos cirúrgicos e reabilitação funcional do atleta. De forma prática, podem-se usar exemplos como lesão muscular, tendinites, entorses, bursites, enfim, a variabilidade da aplicação da Bandagem é enorme, e seu bom funcionamento é dependente de uma boa aplicação pelo fisioterapeuta, baseado nas queixas de dor e características de lesão.
A BANDAGEM NEUROMUSCULAR apresenta resultados satisfatórios, porém é preciso salientar que a eficácia de seu efeito é relacionado à boa condição do atleta global do atleta, e um tratamento adequado proposto pelo Fisioterapeuta. 
Por: Dr. Saulo Davi



Fisioterapia passada a limpo
Por: Dr. Saulo Davi

LESÕES TENDÍNEAS NO ESPORTE
As Lesões Tendíneas fazem parte de um grupo de lesões comuns no esporte, em virtude do estresse e sobrecarga que o corpo é submetido quando praticamos exercícios físicos, ainda mais de maneira equivocada, sem a devida orientação profissional em relação à carga e intensidade.

As lesões tendíneas vão se tornando mais frequentes a medida que envelhecemos. Após os 40 anos de idade são ainda mais frequentes, principalmente em atletas com atividade das mãos acima do nível dos ombros, ou então a “conhecida” tendinite patelar.

Esses tipos de lesões geralmente são causadas por movimentos repetitivos, alteração de proporção de força de determinado segmento ou até por questão traumática .

Os tendões são estruturas que transmitem as forças dos músculos para os ossos. Além disso, funcionam como “amortecedores” absorvendo forças externas excessivas e, consequentemente, limitando as lesões musculares – uma função que demanda força, flexibilidade e elasticidade ao tendão.

As lesões nos tendões podem ser agudas ou crônicas, sendo as primeiras relacionadas a algum tipo de trauma, e a segunda ocorrendo devido a uma degeneração por sobrecarga do tecido que constitui o corpo de tendão. As lesões por excesso de uso compreendem entre 30 e 50% de todas lesões desportivas dos EUA.

Atletas podem apresentar lesões agudas ou crônicas em tendões. As primeiras são frequentemente rupturas — parciais ou totais, relacionadas a um trauma, e as últimas surgem por sobrecarga. Clinicamente, podemos classificar as lesões tendíneas em: TENDINOSE, TENDINITE, PARATENDINOSE, PARATENDINITE.

A TENDINOSE é uma condição caracterizada pela degeneração do tecido, perda da orientação das fibras de colágeno, diminuição de diâmetro e ausência de células inflamatórias. A TENDINOSE, é considerado um quadro crônico de lesão tendínea.

A TENDINITE é uma condição patológica onde existe um determinado grau de degeneração, e neste tipo de lesão está estabelecido o processo inflamatório. A TENDINITE é considerada um quadro aguda de lesão tendíneas.

O quadro de inflamação inicial em geral é bem tolerado e esse é o problema, o paciente não procura o tratamento adequado e permanece sentindo dor por várias semanas. Isso é um erro. Com o passar dos dias e semanas a lesão se agrava e pode surgir degeneração tendinosa e as dores tendem a cronificar. Com o tempo, a degeneração e o desgaste aumentam, e podem levar a rupturas tendinosas.

O tendão é pouco vascularizado e possui baixa taxa metabólica, diminuindo dessa forma seu processo de recuperação após a ocorrência de lesões.

A fisioterapia desportiva tem como objetivo identificar alterações biomecânicas do movimento, avaliar as condições fisiológicas do atleta e intervir precocemente, atuando de forma preventiva a possíveis lesões ou mecanismos lesionais conhecidos.

A conduta Fisioterapêutica, é bastante variável para este tipo de lesão, pois como em outras lesões o prognóstico de retorno as atividades irá depender do grau de acometimento da lesão.

Em casos, que não existe a necessidade de intervenção cirúrgica, geralmente, o trabalho demanda de um tempo curto, pois existe a necessidade de eliminar o processo inflamatório, e mediante a eliminação do quadro doloroso iniciar um processo de correção biomecânica, trabalhando e aliando uma boa flexibilidade, resistência e força muscular

Já em casos mais graves, tal como a ruptura do tendão, a cirurgia se faz necessária e a fisioterapia é primordial à movimentação precoce, pois irá reduzir futuras aderências e irá reorganizar as fibras de maneira mais efetiva.

Portanto, medidas que visam diminuir o quadro doloroso são de fundamental importância, porém se faz necessário uma correção da biomecânica corporal do atleta e que o mesmo disponha de uma boa flexibilidade e força muscular.  
 
 
LESÕES MUSCULARES NO ESPORTE

As lesões musculares dos esportistas continuam sendo um tema atualizado e apaixonante para os especialistas que têm a grande responsabilidade de manter os atletas em excelentes condições, possibilitando assim um melhor rendimento físico, técnico e tático.

Jogadores de futebol estão altamente propensos às lesões musculares, pois o esporte exige uma altíssima velocidade e intensidade constante para sua realização.

O trabalho do complexo muscular vai muito além da capacidade de realizar o movimento. A estabilização articular está extremamente relacionada a uma boa função muscular, sendo assim, temos de pensar no profissional do esporte de maneira global, relacionando este tipo de lesão a todo complexo biomecânico dele, para que não existam disfunções subseqüentes a uma conduta fisioterapêutica mal planejada e executada.

As principais causas de lesão são o treinamento físico inadequado, a retração muscular acentuada, trauma direto, desidratação, nutrição inadequada e a temperatura ambiente desfavorável.

O local de lesão geralmente varia de acordo com o esporte praticado, como revelam muitos estudos, porém, mesmo com essa especificidade o membro inferior é o segmento mais acometido por lesões musculares, pois o desporto tem intima relação com os gestos de saltos e mudanças bruscas de direção.

As lesões musculares podem ser evitadas através de um bom condicionamento físico, aeróbico, trabalhando a força muscular adequadamente e mantendo um bom alongamento.

As lesões musculares se dividem em alguns grupos: Contusão, Contratura, Distensão, Ruptura (Parcial ou Completa) e ainda temos um grupo que de acordo com a literatura que podemos considerar como lesões, que são as Cãibras e Espasmos musculares, sendo que estas últimas geralmente não causam afastamento do atleta.

O diagnóstico da lesão muscular é realizado pelo exame clínico em que se percebe a impotência funcional e pelos exames complementares que podem auxiliar também no tratamento e na prevenção de novas lesões. A Ultrassonografia, a Tomografia e a Ressonância Magnética podem ser consideradas para auxiliar no diagnóstico e tratamento, tendo em vista que a correta localização anatômica da lesão é fundamental para o tratamento e previsão de retorno ao esporte.

As lesões têm prognóstico variável conforme a incapacidade de utilização do membro acometido. Na Fisioterapia Desportiva, de acordo com a lesão trabalhamos com um prazo mínimo de retorno de 7 dias em casos mais simples, e aproximadamente de 6 à 8 semanas em lesões mais complexas.

O objetivo do atendimento fisioterapêutico é de restabelecer a função do atleta de maneira mais segura e precoce possível, sempre ao nível precedente de lesão.

Deve-se instituir de imediato a aplicação de gelo local, repouso relativo e medicações anti-inflamatórias. Imediatamente após a lesão, se iniciam os atendimentos fisioterapêuticos com objetivos de controlar reação inflamatória.

A imobilização do músculo após a lesão pode levar a atrofia e, portanto deve ser evitada. A perda de massa muscular ocorre rapidamente e depois tende a estabilizar e a perda de força ocorre simultaneamente. A resistência à fadiga diminui rapidamente. Já a mobilização precoce aumenta a resistência das fibras à tensão, melhora a orientação das fibras e mantém uma adequada vascularização do músculo, evitando a atrofia muscular. Em uma fase em que se percebe a inflamação controlada e o paciente já demonstra uma boa função é estabelecido um programa com ênfase no fortalecimento muscular e melhoria da resistência.

A seguir trabalha-se a propriocepção e o condicionamento geral do atleta, inclusive aeróbico e o retorno gradativo às atividades. Para o retorno do atleta à atividade, este deve possuir uma amplitude de movimento articular normal, estar completamente sem dor, edema ou derrame, com uma força muscular de no máximo 20% da normal e condicionamento cardiorrespiratório normal.



RUPTURA DE LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA)


A articulação do joelho é considerada uma das maiores e mais complexas estruturas da anatomia humana, é formada por três ossos: fêmur, tíbia e a patela.

Os Ligamentos são os principais responsáveis pela estabilização do joelho. Temos dois que cruzam a articulação, e são denominados LCA e LCP.

 O LCA é o Ligamento Cruzado Anterior, comumente acometido nas lesões esportivas, é o principal responsável para impedir a translação anterior da tíbia (ou seja, evitar que a perna vá para frente).

A sua lesão é uma das mais temidas dos atletas e talvez pelo fato de vivermos no país do futebol, tem um destaque maior na mídia. Muito constantemente é referida na prática desportiva, principalmente aqueles esportes que exigem mudanças bruscas de direção associada ao contato corporal.

O mecanismo mais comum de lesão do LCA é a torção do joelho, principalmente quando o pé fica preso no solo e o corpo gira internamente em relação a perna. O grau de energia realizada nesta torção irá determinar a sua  lesão parcial ou total, assim como o acometimento ou não de outras estruturas do joelho (meniscos, cartilagem e outros ligamentos).

O paciente geralmente irá referir uma torção durante a prática esportiva seguida de um estalido audível ou perceptível no momento do trauma, derrame articular (inchaço) e a incapacidade de retornar à atividade, com o passar dos dias surge um “falseio”. Para a avaliação da integridade do LCA existem inúmeros testes, os testes mais utilizados são as manobras de Lachman e de Gaveta Anterior.

A Ressonância Magnética (RM) e Artro-ressonância são frequentemente utilizadas para confirmar o diagnóstico da lesão do LCA, pois são exames de imagem que complementam muito bem uma avaliação.

Quando o ligamento cruzado anterior se rompe totalmente, o planejamento clinico começa com a escolha do enxerto. Existem três tipos de enxertos utilizados de forma mais frequente, que são retirados do próprio paciente (auto-enxertos): o Patelar (terço central do tendão patelar), os tendões do Semitendíneo e do Grácil( retirados da parte interna da coxa) e o tendão de Aquiles.

Durante o processo de reabilitação se faz necessário o quanto mais precoce possível a realização de exercícios para ganho do arco de movimento com intuito de diminuir e eliminar a artrofibrose criada na articulação pela falta de movimento.

TRATAMENTO:
O tratamento fisioterapêutico inicial tem por objetivo reduzir as complicações pós-operatórias como a rigidez prolongada do joelho, limitação de movimento, eliminar inchaço e a dor, além de reativar a musculatura do joelho. O tratamento no esporte possui um protocolo acelerado que tem duração de QUATRO A SEIS MESES e inclui atividades que vão desde o primeiro dia do pós-operatório até o retorno a todas atividades esportivas.

O protocolo acelerado permite a volta mais precoce às atividades funcionais do atleta e proporciona menores complicações pós-operatórias, mas podendo não ser tolerado em alguns casos devido a sua abordagem mais agressiva. Portanto, vale ressaltar que os protocolos de reabilitação servem como uma referência na prescrição das condutas fisioterapêuticas pós-operatórias possuindo caráter flexível e individualizado de acordo com cada atleta.

 Na reabilitação é necessário que haja o ganho da amplitude de movimento, retorno da força muscular, com reestabelecimentos de déficit e desequilíbrios musculares, com incremento treino de equilíbrio e propriocepção, sendo a propriocepção fundamental como treinamento de adaptação a situações específicas dos gestos desportivos com estímulo a proteção articular devendo ser parte integrante de toda a reabilitação do ligamento cruzado anterior.

O retorno ao esporte é definido por testes funcionais, avaliação clínica e os aspectos subjetivos devem ser utilizados na determinação do momento ideal do retorno total ao esporte. O arco de movimento completo é necessário antes do retorno ao esporte. 

A força muscular e o equilíbrio entre agonistas e antagonistas propiciam uma melhor estabilidade dinâmica da articulação e devem ser avaliados antes do retorno ao esporte. O retorno ao esporte se baseia não somente na integração e ligamentização do enxerto, mas também na recuperação da força, agilidade, equilíbrio e estabilidade.

Na fisioterapia traumato-ortopédica e desportiva, é comum a associação de modalidades terapêuticas para otimizar os resultados do tratamento.   O protocolo de reabilitação funcional é de extrema importância ao retorno do indivíduo às suas atividades desportivas, diminuindo assim riscos de complicações após o tratamento.

É importante respeitar a individualização do atleta para que haja sucesso no tratamento fisioterápico e se restabelece um nível precedente ao momento de lesão.


Dr. Saulo Davi - Fisioterapeuta
CONTATO: saulodavi_fisioterapia@hotmail.com



FISIOTERAPIA DESPORTIVA
A Fisioterapia Desportiva é constituída de um programa dinâmico de exercícios prescritos para prevenir ou reverter os efeitos lesivos da inatividade enquanto o atleta recupera seu nível precedente de competição.

O trabalho da fisioterapia desportiva torna-se bastante diferente dos outros, pois tudo tem que ser muito mais rápido e funcionalmente mais efetivo, pois o atleta mais do que qualquer outro indivíduo precisará executar todas as funções do seu corpo, músculos, ossos e articulações, no máximo de potência e amplitude para execução perfeita de todos os movimentos de jogo.

A reabilitação desportiva não inclui apenas a restauração completa do desempenho integral, mas se esforça também para um nível de condicionamento maior do que o nível que o atleta possuía antes da lesão.

A Fisioterapia Desportiva é um componente da Medicina Esportiva e suas práticas e métodos são aplicados no caso de lesões causadas por esportes, com o propósito de recuperar, sanar e prevenir as lesões. Cada programa de reabilitação deve ser individualizado de forma a atender as necessidades individuais de cada atleta.

O uso de várias modalidades é essencial no controle e na redução das respostas inflamatórias, permitindo ao atleta iniciar precocemente os exercícios de amplitude de movimento e de fortalecimento, porém uso de aparelhos nunca deve ser considerada a cura para as lesões desportivas, mas é importante ressaltar que são medidas auxiliares para a concretização de uma boa reabilitação.

Os atletas podem aprimorar sua condição física em cerca de 1% ao dia, enquanto perdem cerca de 3% de sua aptidão diariamente quando permanecem totalmente inativos. O exercício precoce é essencial para a reabilitação, e a falta de exercício durante os estágios iniciais da reabilitação pode resultar em incapacidade permanente.

O avanço da reabilitação do atleta deverá basear-se na reavaliação constante do fisioterapeuta quanto aos relatos subjetivos e achados clínicos. A progressão de uma fase para outra somente deverá ocorrer depois que o atleta alcançou os objetivos pré-estabelecidos, sem que exista uma sobreposição de fases.

Um programa de fisioterapia deve ser elaborado de forma a atender as necessidades do atleta, abordar as deficiências específicas e a levar em conta as demandas funcionais específicas do atleta para cada atividade desportiva.


Dr. Saulo Davi
FISIOTERAPEUTA
saulodavi_fisioterapia@hotmail.com