A vida de um ser humano é pautada e planejada no que ele pensa para o futuro. A escola dos filhos, a moradia, as melhores oportunidades, o bem estar da esposa...tudo interfere para que você opte por aceitar promoções, se mudar de cidade ou enfrentar qualquer alteração que venha a intervir nos rumos de seu destino ou das pessoas que ama.
Para os atletas, em geral, é corriqueiro, todo final e começo de ano surgem dúvidas, questionamentos se fizeram uma boa temporada, se agradaram esse ou aquele e com isso as definições para um novo ano tem que ser tomadas junto de uma enxurrada de pontos de interrogação.
Muitas vezes o caminho se altera, mas nem sempre por boas propostas, muitas vezes pelo encerramento das atividades do clube que defendiam ou simplesmente por dispensa, hora justa, hora injusta.
Começa nesse ponto uma batalha para que a vida se organize novamente, mas tudo tem que ser extremamente pensado, a educação dos filhos, alguns que esperam pelos filhos, ainda na barriga da mamãe, outros analisam a distância de casa, alguns querem equipes que disputem a Liga Futsal e outras competições de alto nível, outros recebem propostas do exterior, com melhores salários, mas preferem escolher novos e promissores desafios, que muitas vezes nem saem do papel e outros saem, mas sobrevivem tão pouco tempo que se sonho tivesse gosto, com certeza seria esse, o gosto que fica é de um sonho, doce e gostoso, mas que dura apenas uma noite.
Tomada a decisão do futuro, as portas começam a se fechar, aquele time da Europa? Outro já ocupou a vaga, o time da Liga está pronto, o time próximo de casa ‘fechou’ seu elenco, pouco depois vem o fechamento da janela de transferência, o atleta com a situação acertada geralmente não se preocupa com isso, mas recentemente, com a tentativa frustrada do Internacional (RS) de retomar suas atividades no futsal, alguns com a posição definida tiveram que voltar a pensar e muitos deles encontraram as portas exatamente como citado acima...fechadas.
Nessa ciranda, só um lado dança, são os técnicos, preparadores físicos, fisioterapeutas, treinadores de goleiros, diretores, jogadores, enfim, trabalhadores. E quem paga a conta? Invariavelmente, ninguém, brincar de Deus e com a vida dos seres humanos muitas vezes não é crime, mas deveria, não podemos e não devemos fechar os olhos a isso, temos que exigir seriedade e principalmente, humanidade no esporte.
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