Em tempos de ‘vacas magras’ e tão pouco investimento no esporte, a atitude não deixa de ser interessante, mas até que ponto vale a pena?
Na rodada do último sábado (28) ficou evidente que o fato pode trazer sérios problemas para a modalidade, desencadeados pelo descontentamento de todos os envolvidos.
Não vamos questionar se existe bairrismo ou má vontade de quem comanda o espetáculo, mas vou citar dois exemplos em que o julgamento é inevitável.
1 - Em Florianópolis o líder Corinthians conheceu a primeira derrota na competição e enquanto o time da casa não recebeu um único cartão, o alvinegro foi ‘premiado’ com três, dois deles vermelho. Na próxima partida o timão joga em Tubarão, também em Santa Catarina, mesmo estado dos árbitros deste primeiro duelo.
2 - No Paraná, outro paulista, a ADC Intelli, entrou em quadra para a partida contra o Londrina, com dois atletas ‘pendurados’, ambos receberam o terceiro cartão amarelo, Marinho e Augusto, além de Rubinho e Jé, que receberam o cartão vermelho, a Intelli saiu de quadra com quatro desfalques e o próximo desafio intelliano novamente é no Paraná, também o estado de origem da arbitragem deste primeiro confronto.
Não quero entrar no mérito se a arbitragem acertou ou errou na aplicação dos cartões, mas somos humanos, erramos, julgamos, choramos...sentimos e o primeiro pensamento que nos vem à cabeça é de favorecimento, cada um para seu estado.
Quero afirmar aqui que diante dos profissionais envolvidos, tenho certeza que não aconteceu qualquer tipo de favorecimento, mas repito, como seres humanos, esse é o primeiro julgamento de torcedores, jogadores, diretores, enfim, dos envolvidos, como disse antes.
Agora vejamos outro lado da moeda. Sabendo de tudo isso, como será a arbitragem do jogo da Intelli no Paraná com a arbitragem paranaense e do Corinthians em Santa Catarina com o apito catarinense? A arbitragem entrará em quadra sem tranquilidade, sabendo de antemão que pode ser a mais correta possível, que será questionada no lance mais banal que envolva dúvida.E se pode haver questionamento de favorecimento para os ‘irmãos de estado’, o contrário também pode acontecer.
Nas fases decisivas a arbitragem deixa de ser regional, os ‘apitadores’ são designados de estados diferentes aos que pertencem as equipes envolvidas em uma partida. Portanto, para que um árbitro esteja no ‘filé’ da competição, é preciso que não tenha equipes de seu estado de origem envolvida, eis outra situação em que o julgamento volta à tona.
Se o estado de um árbitro estiver na final, automaticamente ele não estará, então volto a lembrar, somos humanos, erramos, julgamos, choramos...sentimos e fatalmente diante de um erro de um ‘irmão de estado’ contra minha equipe, nas fases em que o apito é regional, vou e vão lembrar desse regulamento.
Para que a modalidade não caia na descrença dos poucos investidores que ainda acreditam em nosso salonismo, talvez seja hora de repensar certos pontos e esse é um deles.
Com a palavra, os organizadores da Liga Futsal.Carlos Silva
JogadaEnsaiada Assessoria Esportiva
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