quarta-feira, 1 de junho de 2011

Lanterna da Liga 2011, Anápolis quer se livrar do estigma de Íbis do futsal

Com 13 derrotas em 15 jogos, time goiano já planeja montagem do elenco para 2012. Meta atual é deixar a lanterna até o final da competição

Último colocado na Liga Futsal 2011, com apenas dois pontos ganhos em 15 jogos disputados, ou 4,8% de aproveitamento, o Anápolis já planeja o próximo ano. Com uma campanha de deixar qualquer candidato a Íbis com inveja, o time goiano quer conquistar alguns pontos nesta reta final da Liga para jogar para escanteio o estigma de pior time do futsal brasileiro. Nome fantasia do Araguaia Esporte Clube, a equipe conta com uma folha salarial de R$ 55 mil e um elenco montado às pressas no início da temporada. Apesar da péssima campanha, o ambiente no grupo não é dois piores, embora o elenco esteja insatisfeito com a lanterna.


- É sempre ruim fazer uma má campanha, mas vale ressaltar que somos um time novo na Liga Futsal e que estamos buscando a adaptação na principal competição nacional. Com o passar dos jogos, temos apresentado evoluções e, em breve, a tendência é começarmos a conquistar resultados positivos. Temos mais sete jogos, sendo cinco em casa, então é hora de conquistarmos alguns pontos para terminar a Liga Futsal de uma maneira digna - afirma o supervisor do Anápolis, Adalberto de Castro Dourado, que também é presidente do Araguaia Esporte Clube.

Fundado em 01 de novembro de 1951, o Araguaia começou a investir no futsal há pouco tempo. Depois de algumas participações em competições de menor expressão, o clube montou, há dois anos, uma parceria com a prefeitura de Anápolis e com a fornecedora de material esportivo Super Bolla, que custearam a formação de uma equipe para disputar a Liga Futsal. Com uma receita de R$ 60 mil - oriunda de ambos os patrocinadores - o clube vem tendo dificuldades estruturais neste segundo ano de Liga.

- Nossas despesas mensais giram entre R$ 90 e R$ 100 mil, em média. A diretoria tem complementado o restante. Apesar do sacrifício, acho que está valendo a pena, pois, certamente, vamos colher bons frutos no futuro - prevê Adalberto.

Apesar da péssima campanha, diretoria do Anápolis acredita em um futuro melhor. (Foto: Carlos Silva/CBFS)Se a diretoria do Anápolis planeja um futuro melhor, os jogadores atuais têm de conviver com o estigma de pior time da Liga Futsal. Autor de oito gols na competição, o ala Xande, de 23 anos, acredita que tamanha adversidade possa contribuir positivamente para sua carreira.

- Não tenho medo de ficar marcado como integrante de uma das piores campanhas da história da Liga Futsal. Quando vim para cá, no início do ano, sabia que seria um grande desafio, pois o time foi formado em cima da hora. Só que participar de uma equipe em formação também tem o seu lado bom. Podemos tomar essa campanha como aprendizado, crescendo com as derrotas e ganhando mais experiência para o restante da carreira - comenta ele, um dos poucos destaques da equipe.

Com 59 gols sofridos, o Anápolis tem a pior defesa da Liga Futsal 2011. Derrotado em 13 das 15 apresentações na competição, o time tem sofrido com as provocações dos rivais.

- As torcidas adversárias costumam provocar e, às vezes, a imprensa local também provoca. Outro dia, fomos jogar no interior e uma rádio ficou nos provocando pela nossa condição de lanterna. Sabemos que isso faz parte do futebol, mas temos a crença de que, em breve, isso irá melhorar - afirma Adalberto de Castro Dourado.

Virtualmente eliminado da Liga Futsal, o Anápolis já planeja o próximo ano. Com 23 jogadores no elenco (19 inscritos e quatro em fase de experiência), a diretoria usará os jogos finais como laboratório para 2012.

- Estamos observando os atletas para montarmos a equipe do próximo ano. Em 2012, teremos um time mais forte, com reforços vindo do exterior. Estamos conversando com alguns jogadores que têm interesse em retornar ao país e temos duas novas propostas de patrocinadores. Acho que, com uma mescla dos melhores deste ano, com os jogadores que estão por vir, teremos uma temporada muito melhor - finaliza o supervisor.

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