Foto: Zerosa Filho
A série de três amistosos que o Brasil fez contra a
Polônia na última semana mostrou que a Seleção Brasileira de Futsal possui
atletas extremamente experientes, casos de Ciço, Tiago, Neto, Betão e Wilde,
mas provou também que a nova geração de salonistas está muito bem servida e
neste quesito o nome do pivô Ferrão aparece em negrito.
O jogador de apenas 21 anos assumiu a ‘bronca’ de
ocupar a vaga de Falcão nos amistosos, depois que o jogador da ADC Intelli
apresentou uma lesão na coxa e com belas atuações em todos os jogos,
especialmente no último, em que fez três gols, mostrou que incorporou mesmo a
missão, inclusive herdando momentâneamente, a mística camisa 12.
-“É diferente essa camisa de todas as demais, é como se ela te
desse um poder especial e também uma responsabilidade redobrada, todos esperam
um algo mais de você, enfim, é difícil descrever o que foi esse momento pra
mim, mas tenho certeza que vou lembrar em toda minha carreira,” Disse.
No futebol, desde que Pelé vestiu a camisa 10 ela
passou a ser sinônimo de genialidade e maestria, quem a veste carrega o status
de ‘dono’ do time. Ter esse número nas costas é para poucos e raros se atrevem
a assumir essa responsabilidade.
Já no futsal isso acontece justamente com a número
12, camisa utilizada pelo jovem Ferrão contra a Polônia. A saga teve início
quando Jackson, um dos destaques da Seleção Brasileira que conquistou
os mundiais de 1982 e 1985, se tornou um dos melhores do mundo se utilizando da
numeração ‘poderosa’.
- “No mundial de 82, eu ainda era novato e na hora de
escolher o número, os mais antigos tinham o privilégio da escolha, deixei que
todos escolhessem e sobraram apenas algumas como 12, 15 e 16. Escolhi a 12 e fui
considerado pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e a CBFS (Confederação
Brasileira de Futebol de Salão), como o melhor atleta do ano e o melhor jogador
do mundo, depois disso nunca mais deixei a 12,” Explica Jackson.
Com o encerramento da carreira de Jackson quem se apossou e com
propriedade da emblemática numeração foi Vander Iacovino, outro dos melhores
jogadores da história do futsal e atual auxiliar técnico da seleção e por último
quem adotou o número foi Falcão, cuja história todos conhecem muito bem.
Para Ferrão, utilizar essa numeração, nem que seja por apenas três
jogos, teve um significado especial, que ele jura, vai carregar para sempre,
mas que espera não ter que se repetir tão cedo.
- “No momento deixa o gênio Falcão usar e eu espero e todos os
salonistas também, que por muito tempo, estar na seleção já é uma consagração e
ao lado do Falcão mais ainda, espero que essa camisa não fique vaga tão breve,”
Finalizou.
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