Campeão e capitão em 2010, Marinho voltou a levantar a taça de campeão estadual
Foto: Márcio Damião
Indo contra todos os prognósticos e previsões de quem é especialista no assunto ou não, a ADC Intelli/Orlândia sagrou se Tricampeã Paulista de Futsal neste sábado (29), ao bater a poderosa equipe do Santos FC, que é base da Seleção Brasileira, no ginásio Maurício Leite de Moraes, em Orlândia, no tempo normal pelo placar de 4 a 1 e empatando na prorrogação em 2 a 2.
A história da conquista repete o que aconteceu nas decisões de 2003 e 2010, quando a equipe de Orlândia garantiu seus primeiros títulos e assim como na decisão deste ano, sempre bateu os favoritos. Outra coincidência é que a Intelli sempre foi algoz dos chamados ‘times de camisa’, clubes tradicionais por suas equipes no Futebol.
Foi assim em 2003, quando o Palmeiras era o grande favorito na decisão e sucumbiu na final diante do time alvigrená e foi assim na temporada passada, quando a forte equipe do Corinthians, que havia acabado de conquistar a Taça Brasil de Clubes e era sensação de 2010, também caiu diante da força intelliana.
Neste ano, o Santos era e continua sendo considerado como favorito a todos os títulos que vier a disputar, até mesmo de acordo com as palavras do técnico da Intelli, Cidão:
- “A equipe do Santos sempre será favorita a tudo o que disputar, tem uma diretoria, jogadores e uma comissão técnica que dispensam qualquer comentário, isso é fato. As vezes falta um pouco de respeito de um ou outro meio de comunicação, mas em geral, os comentários são respeitosos e em cima da história de todos no Santos, o que é indiscutível ”, comentou o comandante intelliano.
O maior exemplo dos exageros que aconteceram antes da decisão se revelou no texto do Jornal A Tribuna, da cidade de Santos, que baseado nas estatísticas dos outros jogos entre Intelli e Santos na temporada, estampou em sua edição da última quarta-feira (26) que “Bater a equipe de Orlândia não será tarefa difícil para o Santos.”
Felizmente para os orlandinos e infelizmente para os santistas, estatísticas nem sempre saem do campo das probabilidades para se tornar acontecimento.
PRIMEIRO TEMPO ACABA SEM GOLS:
Como era de se esperar o início da etapa inicial foi da parte defensiva. As primeiras chances de gol só aconteceram aos sete e ao nove minutos e foram do Santos. Na primeira, Índio desceu pela direita e acertou o travessão de Guitta. Na segunda, novamente Índio recebeu, desta vez pelo lado esquerdo e bateu por cima da trave.
Os lances seguidos deixaram apreensiva a torcida alvigrená, que lotou as dependências do Maurício Leite de Moraes, mas um minuto depois, Augusto bateu da marca do pênalti e por muito pouco não abriu o placar, reacendendo o caldeirão intelliano.
Aos 13min00 foi a vez da Intelli chegar com perigo. Macdovall finalizou e Djony defendeu, no instante seguinte Neto cobrou falta para o Santos e Guitta, atento, foi buscar no ângulo, garantindo a igualdade.
No minuto posterior uma nova falta, desta vez a favor da equipe da casa, quase tirou o primeiro zero do placar. Darlan usou a potente canhota e desta vez foi Djony que segurou o empate, situação que permaneceu e as equipes foram para os vestiários sem comemorar.
INTELLI GOLEIA NO SEGUNDO TEMPO E LEVA A PARTIDA PARA A PRORROGAÇÃO
Se em 20 minutos do primeiro tempo o gol não aconteceu, bastaram 12 segundos da etapa final para a Intelli inaugurar o marcador. Em uma tabela perfeita entre Leandro e Macdovall, o segundo recebeu, segurou a bola de costas para o gol e rolou para Leandro que bateu rasteiro no canto direito de Djony, fazendo 1 a 0.
Entre 23 e 25 minutos, Guitta realizou três belas defesas seguidas, em dois chutes desferidos pelo fixo Neto e um do ala Pixote e segurou a vantagem intelliana.
A pressão serviu apenas para acordar o gigante no caldeirão, que soube esperar o momento certo de sair no contra ataque. Aos 28min00 o time da Intelli interceptou um ataque santista, Marlon conduziu a bola na ala direita e tocou para Genario, que rolou para o fundo da rede fazendo 2 a 0.
Pouco depois, novamente Genario teve duas chances de ampliar, na primeira Djony defendeu e na segunda, Ricardinho tirou em cima da linha.
Na metade do primeiro tempo, o Santos veio com Falcão na função de goleiro linha e na primeira bola, Deives apareceu dentro da área para diminuir, 2 a 1.
Depois do gol o Santos voltou a acreditar e seguiu com o gol linha, se alternando em quadra com os selecionáveis: Falcão, Neto, Jackson, Pixote, Deives e Valdin.
Porém, a defensiva da Intelli não deu mais chances e ainda se aproveitou do gol linha adversário. Faltando 02min30, Marinho roubou a bola e deixou para Caio, que bateu de longe e aumentou para 3 a 1.
Vinte segundos depois, em outra bola recuperada, Marlon, da meta orlandina finalizou e estufou pela quarta vez na noite a rede santista, acabando com as esperanças de reação do time da baixada e levando o jogo para a prorrogação.
EMOÇÃO ATÉ OS SEGUNDOS FINAIS DA PRORROGAÇÃO
No tempo extra, a Intelli, que fez uma melhor campanha durante a competição, passou a jogar pelo empate e nos primeiros instantes essa vantagem aumentou. Aos 40 segundos, Leandro recebeu na área e tocou na saída de Djony fazendo 1 a 0 para a Intelli na prorrogação.
No segundo período o Santos chegou a esboçar uma reação se utilizando de Pixote de goleiro linha, o jogador bateu de longe, a bola bateu despretenciosamente na cabeça de Valdin e sobrou para jackson, que bateu rasteiro e empatou.
Mesmo com a igualdade a Intelli não se abateu e no lance seguinte voltou a ficar na frente. Guitta lançou Genario, que de cabeça completou para as redes, 2 a 1.
O Santos, que para sagrar-se campeão necessitava da vitória, continuou com o goleiro linha e faltando 50 segundos empatou por meio de Bruno Souza, mas não foi o suficiente para tirar o bicampeonato seguido, o tri em número de títulos e o brilho da Intelli em seu caldeirão.
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