Sinôe, Xoxo, Testa, Gordo, Thiago Bolinha, Caça, Bateria e Cupim são algumas das alcunhas bizarras da edição deste ano da competição nacional
Caça (camisa 10) diz que ganhou o apelido por ser natural da cidade de Caçador
(Foto: Beto Costa / Divulgação)
Sinoê, Xoxo, Testa, Baranha, Banana... A Liga Futsal 2011 vem chamando a atenção por conta dos apelidos cada vez mais exóticos dos seus jogadores. Oriundo de uma cultura de uma que valoriza os apelidos, o esporte brasileiro nunca esteve tão estilizado quanto na edição deste ano da principal competição nacional de futsal.
Um dos dois representantes do Rio Grande do Sul na Liga, a Assoeva tem um time capaz de fazer qualquer torcedor rir no momento da escalação. Integram a equipe o jovem goleiro Testa e o experiente ala Xoxo, campeão da Liga Futsal em 2005 pelo Jaraguá.
No Tubarão, de Santa Catarina, a escalação conta com uma "dupla da pesada": o ala Gordo e o pivô Thiago Bolinha. Por falar em comida, o Anápolis, lanterna da Liga Futsal, conta, em seu elenco com o pivô Banana, autor de cinco gols na competição.
Caça (camisa 10) diz que ganhou o apelido por ser natural da cidade de Caçador (Foto: Beto Costa / Divulgação)No Cascavel, o destaque dos apelidos exóticos é o ala Caça, que explica a origem do seu apelido, ganho quando ainda era jogador do Joaçaba Futsal, há cinco anos.
- Sou natural de Caçador (SC) e o apelido faz referência à minha origem. Cheguei ao Joaçaba com outro colega de Caçador e logo fomos apelidados de Caça Louro (ele) e Caça Moreno (eu). Ele não continuou na equipe e eu acabei ficando o único Caça, apelido que eu trouxe para cá - diz o jogador. - No início, eu não gostava muito, mas acabei me acostumando. Mesmo porque antes eu tinha um outro apelido, Facero, que era como o meu pai era conhecido na minha cidade - completa.
No Londrina, o selecionado para o time dos apelidos exóticos é o ala Point. Engana-se, porém, quem acha que a alcunha faz referência à palavra "ponto" em inglês. Trata-se apenas de uma brincadeira com o sobrenome do jogador, que é Poitevin. O Marechal Rondon também tem o seu representante no selecionado. Trata-se do ala Gadeia, autor de 12 gols na Liga.
Budião acredita que um apelido diferente pode trazer
popularidade para o jogador. No Brasília, o destaque é o camisa 21 Budião, que ganhou o apelido ainda na infância, na capital federal.
- Pelo que me dizem, esse apelido surgiu depois de uma novela onde tinham dois personagens, um chamado Budião e o outro chamado Simião. Como o meu nome é Pedro Américo e o de um primo próximo é Pedro Nery, um tio nosso muito brincalhão resolveu passar a nos chamar de Budião e Simião. Ele alegava semalhança com os personagens, coisa que eu não acredito - diverte-se o jogador, sem saber que o seu "sósia", na verdade, é o ator Antônio Pompeo, que interpretou Budião, em Tenda dos Milagres, minissérie exibida pela TV Globo, em 1985.
Para o jogador, um apelido marcante pode ser um diferencial na carreira do atleta, assim como aconteceu com o atleta do século XX, Pelé.
- Acredito que o meu apelido me torna uma pessoa diferente, uma vez que nunca vi outra pessoa sendo chamada assim. Com isso, a minha popularidade acaba sendo natural, uma vez que todos no ginásio irão comentar sobre o meu apelido - analisa ele.
O Umuarama também tem o seu representante na lista. Trata-se do ala reserva Guelé, de 22 anos. Do Joinville, o jovem ala Bateria dá o tom exótico à escalação do time. Já o Petrópolis conta com o fixo Cupim para tornar sua lista de jogadores mais irreverente, enquanto o Minas tem em seu elenco o ala Pábrio, dono de um nome até então incomum para o grande público.
Matéria de Flávio Dilascio
Rio de Janeiro
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